Tive a sorte de participar da minha longa carreira no Muay Thai para dividir um anel com alguns dos grandes nomes do esporte.
Quando eu tinha 19 anos, tive a oportunidade de lutar pelo meu primeiro campeonato mundial - o título WMC (World Muay Thai Council) contra um lutador tailandês de renome na época, Ying Yai. Eu tinha ganhado uma sucessão de títulos nacionais e europeus até aquele momento, mas, para mim, esse seria o verdadeiro teste para ver se os anos de trabalho na academia, desde tão tenra idade, realmente me fizeram o melhor que eu poderia ser.
Ying Yai estava dominando a cena na época, e os fãs e especialistas - até mesmo meus compatriotas - estavam convencidos de que seria um erro pisar no ringue contra um veterano tão talentoso. Mas depois de cinco rondas renhidas, usando todas as armas que eu tinha, saí com o cinto na cintura e a mão no ar. Foi emocionante - algo que nunca vou esquecer. Eu deixei meu pai e meu treinador orgulhosos, mas também provei que todos os que duvidavam estavam errados. Essa disposição de acreditar em mim mesmo foi uma das maiores ferramentas que adquiri como lutadora.
Mas daqui a pouco mais de duas semanas, serei presenteado com o desafio mais difícil até agora. O torneio de quatro jogadores do GLORY World Series chegou rápido, e logo eu vou sair para a Califórnia para colocar minhas manhãs, madrugadas e horas de treinamento em teste. Como lutador, você sempre tem que ver sua próxima luta como sua mais difícil, mas tenho toda a confiança de que as batalhas que enfrentei no início de minha carreira afiaram minhas ferramentas o suficiente para me ajudar a conquistar o ouro em 28 anos.º Setembro.
Não pisque.